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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Cais Cais, pois pois

A cidade se chama Cascais na realidade, mas eu lanço mão da licença poética no caso.

O dia começou com omelete de bacon e café sumatra para nós, Karnais, em Lisboa. Eu poderia dizer que foi em qualquer horário já que eu sinceramente não tenho a menor noção de quando isso ocorreu. Todos tínhamos um brilho no olhar, a sombra de um sorriso ou algo em nossa expressão que guardava a certeza de que nossos dias de inoperância estavam para conhecer seu fim. Mas admito que talvez eu esteja romantizando a cena.

Eu sei que em algum momento do início da tarde (talvez fosse final da manhã, talvez meio dia, mas posso afirmar com certa convicção que era início da tarde em algum lugar do mundo) estávamos descendo do ônibus no nosso destino inicial que era o McDonalds d'Belém. Pudemos então apreciar uma comida tipicamente brasileira antes de sair para comer Pastéis de Belém na clássica Pastelaria de Belém.



Estando ela muito cheia, decidimos sair logo dali e rumar até o Museu do Azulejo. A Susy gostou muito do lugar, especialmente do térreo, mas nos pareceu que embora haja uma quantidade absurda de história contida naqueles diversos azulejos, faltou um pouco de habilidade para transformar tudo aquilo em um museu realmente interessante. Valeu a visita mas logo saímos de lá para voltar a Belém, onde fatalmente viríamos a conhecer o Museu do Coche.

Coche, para quem não sabia, e também para quem já sabia, é uma espécie de carruagem de tração animal destinado ao transporte de pessoas, no qual a caixa se encontrava suspensa sobre o rodado através de fortes correias de couro fixas a uma estrutura de montantes, evitando, desta forma, o incômodo causado aos passageiros pela trepidação sentida nas viaturas com a caixa assente diretamente no eixos das rodas. As informações são do site da Wikipedia. Muito legal a visita, vale a viagem para quem estiver de bobeira em Lisboa.

Na saída do Museu, comemos um pastel de nata de Belém com café, nesse nosso tour gastronômico em que estamos simultaneamente com a viagem. Ele não pode ser considerado um Pastel de Belém por não ter sido produzido na Pastelaria de Belém, mas continua sendo um pastel de Belém. Foi ao menos a conclusão a que chegamos. Fui voto vencido por dizer que aquele ainda não era o melhor pastel de natas de Lisboa.

Era hora agora de ir até a Torre de Belém, conhecida em Francês como Tour de Belém, Tower of Belém para quem prefere em Inglês. E quando você olha de fora ela não parece tão grande. Aí você entra e sobe escadas retorcidas, de difícil acesso, onde não passa mais de uma fila indiana por vez de tão estreita. Depois de todas as intempéries do trajeto, você chega ao topo e percebe que ela é muito maior do que aparentava ser do lado de fora, e te dá uma vista muito bonita do Rio Tejo e também da cidade de Lisboa. Um dos registros fotográficos pode ser visto abaixo.

Descemos da torre e decidimos que, para enfim deixar nossa inoperância no passado, era o momento ideal para ir para Cascais. Andamos por uns 6 minutos, embora haja quem diga que foram 15, e chegamos à estação de Algés, de onde pegaríamos o Comboio até Cascais. Lembrando que comboio é aquilo que vocês, brasileiros, chamam de trem.

Numa viagem supertranquila dentro de um trem supertranquilo chegamos à Vila de Cascais, região metropolitana de Lisboa. Cara... que lugarzinho legal. Ruas típicas portuguesas guardavam lojas de marcas famosas como Zara e Hugo Boss, mas também escondiam singelos restaurantes onde se podia sentar e comer com calma. Seguindo por essas ruas de paralelepípedo, encontramos uma enseada de onde podia-se ver a lua sair detrás dos prédios da cidade lentamente, por trás do mar. Uma cena muito bonita que não podíamos deixar de registrar para nossos leitores, a quem recomendamos que visitem um dia a vila de Cascais.


Saímos de lá e fomos jantar no restaurante Casa Velha. Um lugar aconchegante cuja especialidade é servir frutos do mar. Fartos de bacalhau, pedimos Pato à Portuguesa, que estava muito bom e Frutos do Mar na Chapa que me parece ser o prato ideal para se pedir no restaurante Casa Velha. Depois, pagamos a conta, que, como sabem, é o jeito mais educado de sair de restaurantes em geral.

Pegamos o comboio para casa, mas não chegamos em casa antes de passar, conforme manda a tradição, na Starbucks da estação Rossio, onde ficamos debatendo sobre como as pessoas das diversas nacionalidades reagiriam se tropeçassem em uma pedra. O fruto desse debate, eu prometo um dia postar aqui no blog. Mas um dia em que eu não estiver realmente querendo ir dormir, que é o que eu pretendo fazer agora.

Um abraço a todos,
Tutty.

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