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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Acepipes, pois pois

Ontem, segunda-feira, foi mais um dia legal em Lisboa, mas começamos perdendo a hora. Em vez de acordar no habitual horário (12h), acabamos nos excedendo e acordando só às 13h. Com isso, até os banhos e o almoço, acabamos atrasando a saída.

No caminho para o nosso transporte, encontramos uma loja chamada Pastelaria Acepipe. Foi impossível não lembrar da Beth, dar uma risadinha e tirar uma foto.

Em seguida, Susy pediu para dar uma passada na Praça do Comércio para ir à exposição Corpo – Estado, Medicina e Sociedade no Tempo da I Republica. Não foi bom, a exposição começou com o filme de uma necropsia, depois disso passei correndo e não quis ver mais nada, mas pelo que elas contaram não perdi grande coisa. Talvez, e somente talvez, a nossa sobrinha Myrian que está estudando medicina gostasse.

Depois, pegamos o tradicional elétrico 15E ALGES. Paramos na estação de Alcântara para, pelo menos, dar uma passada nas Docas, cujo plano de visitar noturnamente estava sendo sempre superado pelo marasmo noturno que foi acolhido pela família. Eu já conhecia, é lugar bonitinho tipo Porto Madeiro (de Buenos Aires) reduzido, com diversos bares e restaurantes, sendo umpoint noturno de Lisboa que rivaliza com o Bairro Alto. Como o horário do almoço já tinha passado e noite ainda não havia chegado, serviu apenas para conhecer.

Demos, então, uma caminhada pelo Rio Tejo até, adivinhem, Belém. Parece que no nosso corpo está infiltrado alguma substância que nos impele a ingerir uma cota diária de pasteis de natas, principalmente na única fábrica de Pasteis de Belém do mundo. Já estou preocupado com a crise de abstinência que teremos quando voltarmos ao Brasil. Tutty e Susy estão planejando um esquema de tráfico de importação, mas eu acho que o conveniente será uma clinica de desintoxicação.

Voltamos para casa no nosso elétrico 15E, dessa vez sentido PRAÇA DA FIGUEIRA. No caminho, passamos na Pastelaria Brasileira da rua Augusta e compramos pasteis de bacalhau, pão com chouriço e croquetes de carne, que serviram como acepipes no começo da noite.

Lá pelas 10, tomamos o rumo do Bairro Alto, outro point de encontro. Daqui, não foram nem 10 minutos de caminhada. Mesmo sendo segunda-feira, tudo estava muito movimentado, são diversos bares com música ao vivo ou eletrônica e alguns restaurantes com apresentação de fado. Muita gente (portugueses e turistas) na rua bebendo, fumando e conversando.



Nosso destino foi a Tasca do Chico, indicação de Alexandra (dona do nosso apartamento), um bar que serve vinhos, acepipes e que tem fado ao vivo nas segundas e quartas. A tasca (bar) era pequena e estava cheia.

Muita gente, assim como nós, dispensou os acepipes, comprou bebidas e ficou do lado de fora assistindo. O fado é extremamente melancólico, mas bonito de ouvir ao vivo, principalmente com uma taça de vinho do porto na mão como foi o nosso caso.

Depois, mais uma caminhada pelo Bairro Alto para ver o movimento e volta para casa lá pela 1 da manhã.

Megaférias versão Europa está acabando, amanhã a noite pegaremos o vôo de volta para o Brasil.

Abraços a todos

OSCAR KARNAL

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