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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Para Bailar La Bamba





O dia começou tarde mais uma vez para a família Karnal! Hoje, justificados pelo fato de que dormimos após as 5h da manhã, porém, não tivemos nenhum problema quanto a acordar às 13h para um dia nublado e ligeiramente frio em Paris.

Enquanto os outros três da minha família tomaram café no quarto, servidos de torradas e patês, eu fiquei em jejum mais um pouco até comer um sanduíche de baguete numa lancheteria perto de casa que, graças ao meu fraco francês, acabou se tornando um sanduíche de baguete, dois pães doces e dois chás, num total de 7,95 Euros, ao invés de 3,50. Mas claro que esse não seria todo o valor a pagar, já que do troco desse café da manhã, 5 Euros colocados no bolso da nossa querida mãe se perderam pelo caminho. Eu mantenho, otimista, que nós não realmente perdemos esse dinheiro, e que na realidade outra pessoa que o encontrou.

Ainda no hotel, pedimos ajuda ao brother da recepção para imprimir os ingressos para o nosso passeio à Tour Eiffel, mas antes não tivéssemos pedido. Depois de aproximados 30 minutos esperando que ele conseguisse ligar o computador da recepção e conectá-lo a Internet - o que tivemos de fazer, graças a nossa incapacidade de traduzir "Deixa pra lá, a gente vê se consegue comprar na própria Torre Eiffel ;)" para o Francês - descobrimos que a compra pela Internet limitaria nossa visita ao horário de 16h30 de amanhã. Depois de breve debate, concluímos que seria melhor portanto não imprimir os ingressos e ir a Tour Eiffel esperar na fila como turistas normais.

Já na Tour Eiffel que (oh!) estava lotada, fomos abordados por esse colorado que provavelmente reconheceremos no final do ano, quando estivermos em Abu Dhabi vendo o Inter participar do Mundial FIFA, e que chegou a ser confundido por nós com um assaltante, um turista desavisado e um pregador de peças de algum programa de tv francês antes de ser reconhecido como um cara qualquer que reconheceu nossas camisetas e resolveu falar conosco.

Depois de passear pela Champs de Mars, ser vítima de uma tentativa de extorsão promovida por um vendedor de água, escapar dessa mesma tentativa de extorsão e depois de ver a quilométrica fila que se estendia por muitos metros que ainda se seguiria por outra gigantesca fila, já que uma era pra comprar ingresso, outra pra entrar na torre, decidimos deixar pra lá e ir mesmo para o Montparnasse.

No caminho da estação de metrô ainda vimos a polícia conduzindo o que nosso pai definiu muito bem como "rapa" nos arredores da torre. Os vendedores ilegais de "mini-torres-eifféis" - que aliás vão tentar te vender 5 miniaturas por 1 Euro, mas vão te vender até 10 miniaturas pelo mesmo preço - eram muito malandrinhos e já deixavam seus produtos expostos em um pano que, amarrado a uma corda, poderia ser rapidamente forjado em uma sacola com a qual eles corriam da polícia. Depois que a polícia passava, eles voltavam, é claro.

E lá chegando - em Montparnasse-, fomos tomar um cafézinho o que acabou se tornando muito complicado. Depois de muito falar uma complicada mistura de inglês, francês e português com uma atendente japonesa, conseguimos sair de lá com determinado tanto de sucesso, servidos de duas saladas, um sanduíche de baguete, café e refrigerantes. O fato de ainda termos que voltar para pedir um segundo café não nos fez sentir nem um pouco menos bem-sucedidos em nosso pedido, não importa o que qualquer um possa dizer!

Depois de comer, eu ainda tive a inteligência de tirar as bandejas da mesa e colocar seu conteúdo dentro da lixeira, para ajudar claro. E, não importa o que qualquer um possa dizer, eu ajudei! Mesmo tendo posto as xícaras de vidro no lixo junto com o resto. Foi aí que a Susy falou "Ok, agora corre!" e todos saímos rapidamente do café em que o episódio se passou e chegamos finalmente a nosso destino, o Montparnasse.

Talvez dentro do rápido elevador que nos levaria ao topo do altíssimo edifício, não fizéssemos a mínima ideia do que nos esperava no fim do trajeto, mas não podíamos ser culpados por isso pois é mesmo algo indescritível. É talvez uma das vistas mais lindas que se possa encontrar por aí, e isso que chegamos lá e ainda eram umas 6h ou 7h, estando tudo claro.

Pasmos com a vista, ainda ficamos por lá até o fim da noite. E por isso fomos presenteados com um belo pôr-do-sol que tomou lugar detrás da Torre Eiffel por volta das 21h30. Ainda ficamos até umas 22h30 ligeiramente hipnotizados com a bela imagem de Paris iluminada, e algum tipo de malandragem que eles fazem na Torre Eiffel por volta das 22h, que é um pequeno espetáculo de luzes que dura uns 2 minutos.

Em suma, podemos dizer que é mais bonito do que olhar pro Pier 21 do Pontão de noite.

Fatos pitorescos da nossa excursão ao Montparnasse foi essa pequena cover da Susy que, vestida igual e possuidora do mesmo cabelo, foi logo reconhecida por todos da família - menos a própria Susy - como sendo, na realidade, sua irmã gêmea, separada após o nascimento. E ela atendeu ainda quando eu falei "Ei, guria que é igual à Susy, pode tirar uma foto pra nós?". A Susy garante que ela não entendeu e só atendeu meu pedido por eu ter praticamente enfiado a máquina na cara dela, mas nós sempre saberemos a verdade. E houve, claro, o momento Twingo do nosso dia quando bebemos um vinho tinto de Merlot e uma garrafa de água Perrier. Pra aqueles que não sabem, a raça do Twingo é Merlot Perrier, então não pudemos deixar de lembrar do nosso cachorro-frango deixado em Anápolis.

Depois de sair de Montperrier, comemos num restaurante que havia na galeria em frente e que eu particularmente recomendo. Um restaurante Italiano, chamado Del Arte Montparnasse, que não chega a ser barato, mas também não chega a ser caro e que nos serviu muito bem. Foi a primeira vez que conseguimos fazer um pedido de primeira, sem errar em nada e tudo deu certo. Até comemoramos no final, o que foi tratado com estranheza pelos nativos das mesas adjacentes. Depois de um prato de Ossobuco, um Macarrão a Bolonhesa, um Macarrão com cogumelos e um Calzone, pegamos, empanturrados o metrô pra casa.

No metrô ainda fomos abordados por um rapazote com um violão que cantou La Bamba especialmente pra nós, e que ficou aparentemente extasiado por termos cantado com ele. De lá, fomos pra o hotel, onde estou aqui fazendo essa postagem enquanto minha irmã mexe no orkut dela e meus pais dormem.

Obrigado a todos (que leram) por lerem e até mais
Tutty

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